Orientação Vocacional - o que é
A Orientação Vocacional é um processo de desenvolvimento pessoal, educacional e social, mas também, fruto e criadora de um processo de crescimento, progresso e integração (Reis, 2008).
Programas de Intervenção
A orientação vocacional pode e é frequentemente feita em três momentos:
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na passagem do ensino básico para o ensino secundário;
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na passagem do ensino secundário para o ensino universitário;
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durante o próprio ensino superior ou pós-secundário não superior.
A intervenção em contexto educativo ocorre de forma direta (consultoria na orientação vocacional dos alunos e das alunas), aconselhando-os/as de forma pessoal e académica, ocorrendo não só nas temática educativas mas também nas ligadas ao curriculum (Almeida, 1997).
O/A Psicólogo/a educacional intervém a nível das diferenças individuais de aprendizagem e de desenvolvimento de cada aluno ou aluna, analisando situação a situação, centrando-se mais no desenvolvimento do/a aluno/a, dos agentes e instituições educativas em que este se insere. (Almeida, 1997)
A nível de intervenção psicológica o/a Psicólogo/a Educacional orienta e forma profissionalmente na pré-escola, do primeiro ao terceiro ciclo do ensino básico, no ensino secundário e ainda nas Universidades. Em todos os casos adopta uma consulta psicológica de desenvolvimento, centrada acima de tudo na capacitação do/a aluno/a para o autoconhecimento e exploração da oportunidades sociais, para a autonomia deste na tomada de decisões, afim de construir um projeto de vida. (Almeida, 1997).
A orientação vocacional envolve desde “o aconselhamento na elaboração de planos de estudo até à seleção de bolsistas, quando o critério seletivo é a vocação (…) constitui uma ampla gama de tarefas, que inclui o pedagógico e o psicológico, em nível de diagnóstico, de investigação, de prevenção e a solução da problemática vocacional.” (Bohoslavsky, 1980, p. 28).
A orientação vocacional envolve “procedimentos dos psicólogos especializados, cujos clientes são as pessoas que enfrentam, em determinado momento da sua vida – em geral, a passagem de um ciclo educativo a outro – a possibilidade e a necessidade de tomar decisões” (Bohoslavsky, 1980, p. 28).
Bohoslavsky (1980) distingue dois tipos de modalidades na orientação vocacional:
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modalidade estatística - relacionada com os testes psicotécnicos, através dos quais o/a psicólogo/a se serve para conhecer as aptidões e interesses do sujeito e através da compatibilização disso com as oportunidades existentes, se aconselha o individuo.
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modalidade clínica - a entrevista é o principal instrumento, em que se pressupõe que a decisão do sujeito têm de ser completamente autónoma (e não diretiva pelo psicólogo)
(Bohoslavsky, 1980).
As escolhas vocacionais não se fazem no vazio, nem são produto de características inatas do sujeito, mas surgem da relação que o sujeito estabelece com o mundo em termos de satisfação pessoal, gostos, preferências e valorizações. Estas relações são influenciadas pelos contextos de vida onde o sujeito interage, como a família, a escola, o grupo de pares, a comunidade de pertença, os tempos de lazer, os meios de comunicação social (Campos, 1989)
(http://acr-fornelos.pt/site/images/imagens/projetos/ProjectoOEV2014-2015.pdf) consultado 30/03/2015
Para isso o/a Psicólogo/a Educacional recorre a programas específicos de desenvolvimento psicológico, visando o apoio psicopedagógico e promoção do desenvolvimento psicológico, programas de desenvolvimento cognitivo, de competências de estudo e promoção do sucesso escolar, atendimento individual e consulta psicológica. (Almeida, 1997)