
Psicologia da Educação vs. Psicologia do Ensino/Escolar
A distinção entre estas duas áreas não é consensual, mas nem por isso ela deve deixar de ser feita, pois a própria American Psychology Association (APA) faz esta distinção dedicando a 15ª divisão à Psicologia da Educação e a 16ª divisão à Psicologia Escolar/do Ensino. Efetivamente, e de acordo com a divisão estipulada pela APA, de um modo geral, a Psicologia Educacional é entendida enquanto uma disciplina autónoma mais direcionada para o campo da investigação, enquanto que a Psicologia Escolar tem um cariz mais prático e orientado para a resolução de problemas concretos que surgem no seio da escola. (Barros & Barros, 1999).

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Outra distinção usualmente feita pelos autores, prende-se com o facto de que psicologia educacional ou da educação é entendida como mais global e abarcante do que a Psicologia do Ensino, que será mais específica. A psicologia da educação estuda e analisa os processos de mudança de comportamento que ocorrem no individuo como uma consequência da sua participação nos diferentes tipos de situações ou actividades educativas, sejam elas formais, informais e/ou não formais. Deste modo, o seu campo de intervenção ocorre em diferentes contextos (Contextos de intervenção), não apenas no escolar, embora seja neste último onde atua maioritáriamente – razão da frequente confusão com a psicologia escolar.
Já a Psicologia do ensino, escolar ou da instrução estuda e analisa os processos de mudança de comportamento que ocorre no individuo como consequência da sua participação apenas em contextos formais ou escolares. Centra assim o seu estudo e atuação essencialmente sobre os processos de mudança internos dos alunos e alunas (ex: nível de desenvolvimento; maturidade; experiências e os conhecimentos prévios; personalidade - estilos de aprendizagem, motivação, expectativas,…) mas também nos processos de mudança mais externos (características do professor – conhecimento, personalidade -; condições dos materiais didáticos e dos meios de ensino; relações interpessoais; …) (Coll, et al. , 2000)
É no entanto de evidenciar que estas fronteiras aqui evidenciadas e estabelecidas também na APA não são claras e muitos psicólogos encontram-se inscritos em ambas as secções. (Barros & Barros, 1999)