
Simões (1998) distingue três tipos de entrevistas: entrevistas livres ou não estruturadas, estruturadas e semiestruturadas.
No início da avaliação é habitual recorrer-se à entrevista não estruturada utilizando questões abertas para que o sujeito possa referir o motivo de procura de ajuda, decidindo o que é pertinente, por onde começar ou o que incluir na resposta. Deste modo, a entrevista livre ou não estruturada permite que o sujeito evidencie as suas perspetivas e preocupações. Após determinar a natureza do problema, geralmente há uma tendência para usar entrevistas estruturadas na qual existem perguntas que são colocadas de forma sistemática e com uma ordem pré-definida ao sujeito, de modo a assegurar a estandardização e consequentemente uma maior validade e fiabilidade dos dados. Este tipo de entrevistas são especialmente adequadas no momento de obter informação biográfica acerca do sujeito ou quando se pretendem avaliar os resultados de uma intervenção, por exemplo. No meio destes dois extremos, encontram-se as entrevistas semi-estruturadas, na qual existe uma entrevista estruturada que pode ser adaptada às singularidades da pessoa a cada momento. (Simões, 1998)
O quadro abaixo adaptado por nós, através do livro Handbook of clinical interviewing with children de Michael Hersen & Jay C. Thomas (2007) detém de modo resumido mas sistemático as principais vantagens e limites de cada um destes três tipos de entrevistas.
Tipos de Entrevista
