
Planos de Intervenção
Para uma eficaz intervenção psicopedagógica nos casos de dislexia, disgrafia e disortografia, há necessidade de o profissional descrever a situação para poder explicar perante aos pais e à escola o que ocorre no cérebro das crianças com necessidades educacionais específicas. Deve avaliar para intervir e a partir daí solucionar ou compensar a dificuldade do educando.
Assim, descrito e explicado o caso psicopedagógico, o profissional que atua com as crianças, jovens ou adultos com dislexia, disgrafia ou disortografia poderá verificar, objetivamente, os dados das dificuldades levantados junto aos professores, pais dos alunos e os próprios alunos (Martins, 2008).
A intervenção psicopedagógica deve ocorrer quando o profissional se sente seguro teoricamente para praticar atividades que atuem diretamente nas dificuldades dos educandos disléxicos, disgráficos e disortográficos (Martins, 2008).
A intervenção para as crianças com dislexia resulta da análise dos resultados obtidos nas avaliações em termos de capacidades e necessidades. Assim, a opinião dos psicólogos, educadores, professores, terapeutas e de todos os profissionais que eventualmente participaram nessa avaliação, pode ter um papel importante na elaboração de intervenções alternativas, dando aos pais a oportunidade de discutir a informação ou pedir aconselhamento no sentido da tomada de decisões. Da mesma forma a promoção de comunicação e colaboração entre os pais e os intervenientes no processo de intervenção é crucial quanto à tomada de decisões acerca da qualidade da mesma.
As dificuldades apresentadas pela criança, a médio prazo, têm impacto a nível da sua auto-estima, aumentando os níveis de stress e frustração a quando dos momentos de avaliação escolar ou leitura. Assim, é fundamental a intervenção mais precocemente possível para corrigir e promover a autonomia da criança relativamente às suas dificuldades da leitura e escrita (Pinheiro). Neste sentido, a intervenção centra-se num objectivo fundamental – a Reeducação.
Reeducação
A autonomização da criança. O principal objectivo, para os intervenientes no processo de reeducação, consiste no fornecimento de estratégias de compensação e promoção de adaptações curriculares tendo em conta cada caso.
No processo de Reeducação, a criança é o principal actor, dando-se ênfase a estratégias activas que permitirão a gestão das suas próprias dificuldades, tornando a criança mais consciente das áreas onde residem as suas dificuldades e desenvolvendo capacidade de autocorreção devendo sempre o psicólogo funcionar como orientador e motivador junto da criança e dos principais intervenientes – pais e professores (Pinheiro).