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Modelos de Intervenção

 

Durante vários anos a psicologia da educação incidiu sobre modelos que destacavam as diferenças individuais, banalizando em certa parte os contextos sociais do desenvolvimento humano, sendo a criança considerada a única causa do seu problema de aprendizagem e do seu insucesso escolar. Os/As psicólogos/as da educação atuavam nos contextos educativos, centrando a sua ação no diagnóstico e prognóstico, presente no modelo médico-psicológico que dava ênfase ao individuo, como doente. Se a criança não aprendia era porque havia algo de errado dentro dela.

Como tal, podemos destacar três modelos de intervenção na psicologia da educação:

 

 

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No Modelo Comportamentalista a análise do comportamento é um método de mudança comportamental baseada em princípios de investigação laboratorial, avaliando experimentalmente a eficácia da mudança. Inspira-se no modelo do comportamento operante de Skinner (1968). Este criticou com rigidez os modelos educativos tradicionais, discordando sobre maneira de explicar o processo educativo através de três processos: a maturação (a educação consistiria em favorecer o desenvolvimento natural), a aquisição de conhecimentos sobre o ambiente (acentuando as estruturas internas) e a construção (a partir da qual se configura a conduta do aluno). A análise experimental do comportamento centra-se na interação (determinista ou automática) entre o comportamento do organismo e o ambiente. Do estudo com animais passou-se a estudar a pessoa humana no laboratório e depois no ambiente natural da aula, com pesquisas sobre a leitura e a escrita, a matemática e ainda outros assuntos como a criatividade. Atualmente estuda-se não apenas o aluno, mas também o comportamento dos professores, pais e grupos, comportamentos críticos, dando mais atenção aos antecedentes do que á manipulação das consequências do comportamento (Oliveira, 1996).

 

O Modelo Cognitivista procura predizer e controlar o comportamento, mas sobretudo explicá-lo ou interpretá-lo, inspirando-se no processamento de informação. Este serve-se de testes sobre estilos cognitivos, diferenças individuais e dinâmica da mente, bem como de objetivos bem definidos e da análise de tarefas, esta com diversas interpretações, como a associacionista, a hierarquizada, a estrutural, a desenvolvimental e ainda a teoria de processamento de informação que implica a realização de tarefas cognitivas em termos de ações temporais (i.e. como atuam os seres humanos sobre os dados- informação) (Oliveira, 1996).

No Modelo Interacionista (Psicossocial e Ecológico), o ponto de vista psicossocial significa uma posição intermédia ou complementar, entre o comportamentalismo (aprendizagem como resultado de uma correta programação de reforços) e o cognitivismo (aprendizagem como um processo ativo do sujeito). No entanto as duas posições anteriores não consideram suficiente o sujeito em interação com o meio (família, colegas, etc.) e com as suas expetativas e normas, onde a aprendizagem é interpretada mais como um processo interpessoal do que intrapessoal. Trata-se então de realçar a sua interação com os outros. A educação e a aprendizagem são fenómenos essencialmente interpessoais, na interdependência entre professor e aluno, pais e outros agentes ecológicos. O comportamento instrucional resulta essencialmente da interação indivíduo-ambiente natural (aula) e a forma como o meio é interpretado pelo aluno a nível pessoal e situacional (orientação multidimensional) (Oliveira, 1996).

Modelo Comportamentalista

Modelo Cognitivista

Modelo Interacionista

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