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Identidade

 

Desde a sua génese que a Psicologia da Educação se debate com um problema de identidade, situando-se algures entre a Psicologia e a Educação (Sprinthall & Sprinthal, 1993).

 

Alguns cientistas recusam-se a confiar nas Ciências da Educação enquanto “ciências sérias”. Contudo, assumindo que o investigador é honesto e rigoroso importa reconhecer a existência desse estatuto científico (Mialaret, 1976, citado por Barros & Barros, 1996). Estas ciências, incluindo a Psicologia da Educação, dispõem de objeto próprio e métodos científicos de abordagem (e.g. observação, investigação de campo, quasi-experimentação, etc.). A Psicologia da Educação é, assim, ao mesmo tempo uma ciência psicológica e uma ciência da educação que dispõe do seu objeto específico – toda a complexidade educativa com particular incidência no processo instrucional – e usa métodos específicos da psicologia aplicados ao campo pedagógico (Barros & Barros, 1996).

 

Embora existam complexas relações entre o conhecimento psicológico, a teoria e a prática educacionais, a Psicologia da Educação tem um estatuto disciplinar autónomo, podendo falar-se numa psicologia aplicada à educação e numa psicologia da educação como disciplina-ponte de natureza aplicada. A psicologia da educação tem uma área de conhecimento e saberes teóricos e práticos relacionados com outros ramos e especialidades da psicologia e das ciências da educação, mas simultaneamente identificável e distinta delas. Surge com a crença racional, enraizada em grandes sistemas de pensamento e nas teorias anteriores ao surgimento da psicologia científica, de que a educação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a utilização adequada dos conhecimentos psicológicos (Coll, Marchesi, Palácios & cols., 2004).

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