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Num primeiro momento é necessário obter o consentimento informado para a avaliação e saber quais os recursos disponíveis para a conduzir.

 

Num segundo momento, é necessário identificar e explicar, primeiro de forma geral e depois especificamente, a natureza do problema ou do pedido; a razão explicita das queixas atuais ou do motivo. Isto geralmente acntece a partir de uma entrevista inicial com base em descrições pormenorizadas e exemplos.

 

A partir da entrevista inicial é possível proceder a uma primeira formulação ou concetualização para o caso: levantar hipóteses relativas à origem dos problemas, ao significado e relevância dos sintomas e comportamentos atuais e prognosticar eventuais respostas às provas que foram selecionadas para aplicação.

 

Seguidamente temos uma fase de planificação mais focalizada da avaliação: é necessário identificar que construtos ou dimensões a avaliar, que dados devem ser obtidos, que instrumentos específicos serão necessários e apropriados. É recomendável o uso de vários métodos em função da natureza do problema. A história do desenvolvimento e o exame do estado mental fazem habitualmente parte desta fase. A perspetiva do sujeito acerca (do impacto) dos problemas é, na maior parte das vezes, insubstituível e deve ser complementada com a pesquisa de informação junto de outras pessoas.

 

Posteriormente continua-se a colheita de dados através da aplicação das provas escolhidas que devem apresentar característica psicométricas positivas (nomeadamente noras representativas e estudos de precisão e validade).

 

A determinação dos resultados obtidos vem a seguir. Inclui a cotação das provas e um conjunto de interrogações. Procura-se reduzir o problema às suas partes ou componentes constituintes, com a ênfase colocada na delimitação de comportamentos presentes no repertório do sujeito e na determinação de indicadores representativos.

 

Procede-se, seguidamente, à validação da formulação do caso. Continua a formulação de hipóteses, juízos diagnósticos e prognósticos. As hipóteses a serem testadas devem referir os mecanismos do problema e conter objetivos a longo prazo e contemplar, explicitamente, o exame de outros hipóteses alternativas. Trata-se de um trabalho de interpretação de dados e de resposta às questões colocadas.

 

Com base na organização e interpretação do material recolhido, na formulação e concetualização do caso procede-se à comunicação dos resultados obtidos e do que vai ser feito a seguir do ponto de vista da intervenção em termos de objetivos e estratégias.

 

A adoção de decisões relativamente ao estabelecimento de um plano de intervenção vem a seguir. Posteriormente procura-se implementar, através do ensino e do treino, as técnicas de intervenção com que se pretende resolver parcial ou totalmente o problema. A preocupação avaliativa continua a acompanhar esta fase.

 

Por fim, temos a monitorização dos resultados da intervenção: em que medida os objetivos anteriormente definidos foram alcançados, eventual reformulação dos objetivos iniciais e/ou recolha de novas estratégias.

 

(Simões, 1994)

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