
Educação Pré-escolar ou Educação Infantil
Já o proverbio português nos diz que ninguém nasce ensinado ou ainda no proverbio alemão o que o Joãozinho não aprende, o João nunca mais aprenderá (Oliveria, 2009, p. 7).
A educação pré-escolar é de extrema importância na medida em que permite a prevenção de trajetórias de desenvolvimento desadaptativas (Gaspar, 2007).
O objetivo geral é aumentar o desenvolvimento cognitivo e intelectual na infância, melhorar a prontidão para as aprendizagens, aprender competências sociais e aptidões de interação social (Gaspar, 2007).
Em termos mais específicos, visa-se “promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, fomentar a sua inserção em grupos sociais, contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem, estimular o desenvolvimento global de cada criança, desenvolver a expressão e comunicação, despertar a curiosidade e o pensamento critico; proporcionar a cada criança condições de bem-estar e segurança, desenvolver competências sensório-motoras e linguísticas, promover expressões lúdicas, envolver a família num processo educativo mais global, proceder à despistagem de inadaptações, deficiência e precocidades, incentivar a participação das famílias no processo educativo” (Oliveira, 2009, p. 13).
Neste processo, a família é sempre a primeira e maior responsável pela criança, sobretudo na idade precoce, em parceria com instituições complementares (Oliveira, 2009).
“Se a interação família-escola é sempre de alta conveniência e frutuosa, muito mais nestas idades onde a educação familiar é o principal motor de desenvolvimento global da criança.” (Oliveria, 2009, p. 13).
É de extrema importância que a educação seja diferenciada em função da idade, (é diferente educar uma criança de 1, 3 ou 5 anos), personalidade, dificuldades e necessidades da criança e da família (Oliveira, 2009). Também nesta lógica Prieto (1990) considera que este nível educativo é aquele em que o processo acentua mais a exigência da individualização. Um dos objetivos deste nível educativo é o desenvolvimento de recursos básicos de auto-avaliação. Os pais tem um papel fundamental no processo de avaliação que se realiza na educação infantil, no entanto, depois deste momento mais inicial, a avaliação formativa torna-se uma parte indispensável do processo educativo dado que permite reajustar continuamente as atividades, estratégias e o objetivos da educação infantil (Prieto, 1990).
Claro que “considerando a complexidade do desenvolvimento humano, não há nenhuma intervenção que isoladamente seja capaz de proteger uma criança completa e permanentemente dos efeitos da exposição a situações prejudicais”(Anderson et al., 2003, 39, citado por Gaspar, 2007), no entanto, “há benefícios na frequência de um programa de educação pré-escolar de qualidade” (Gaspar, 2007, p. 414).

