
A avaliação passa a estar centrada no processo de avaliação e não no seu produto. Interessa saber como o sujeito chega à resolução das questões e não apenas se as resolve ou não (Simões, 1995).
A enfase é colocada no potencial de aprendizagem, isto é o individuo pode não ser capaz de por si realizar uma tarefa, mas se depois de lhe serem dadas as condições óptimas, se ele conseguir realizar essa tarefa, o teste permitiu chegar ao potencial de aprendizagem. Os indivíduos podem ter o potencial e no entanto não o estarem a mostrar ou não serem capazes de o mostrar perante determinadas condições (Simões, 1995).
Em termos práticos o que é feito, regra geral, é a aplicação normal e estandardizada dos testes, mas seguidamente «testar os limites» fazendo ligeiras alterações aos processos estandardizados com vista a desenvolver o potencial de aprendizagem da criança (Simões, 1995).
Por exemplo, Simões (2000), neste âmbito, aplicou as Matrizes Progressivas de Raven numa primeira fase na sua forma estandardizada (pede-se à criança para identificar qual o pedaço que falta para completar a imagem) e numa segunda fase volta-se a administrar o mesmo teste mas pedindo à criança para explicar como chegou aquela resposta (centrado no processo) (Simões, 1995).


Avaliação Dinâmica ou Interativa
Até este ponto temos vindo a evidenciar a importância de garantir os processos de estandardização na administração e cotação de testes psicológicos com vista a garantir a validade dos mesmos. No entanto, à medida que a história avança novos desenvolvimentos surgem e a avaliação dinâmica ou interativa vêm em certa medida travar com o uso de uma completa estandardização, havendo um afastamento intencional do examinador ou da examinadora em relação às regras estandardizadas de administração de um teste, com o objetivo de obter dados adicionais, de natureza qualitativa acerca do sujeito (Simões, 1995).